segunda-feira, 28 de maio de 2012

(sobre)viver


Existem três tipos de pessoas: aquelas que existem, as que vivem e as que sobrevivem. Eu acho que isto segue mesmo esta sequência lógica. Em que todos começamos por existir. Podemos ou não começar a viver. Existe muita discordância no que significa exactamente o verbo viver e o que ele carrega em cada letra. Eu cá acho que viver é ser louco. É fazer o que nos vier à mona sem pensar em consequências, é amar sem quê nem porquê, é dizer a todos que amamos, é viver os momentos, senti-los, é não perder tempo com saudades, é arriscar, é passar grandes aventuras. Viver é ser louco no verdadeiro sentido da palavra. Louco para se pensar que se pode ser feliz eternamente, louco para se achar invencível, louco para se ser quem é. Sobreviver, essa é a fase mais complicada de todas. Que só vem depois da vida, e antes da morte. É a fase em que a alma, o coração e nós próprios estamos cansados das topadas que damos contra os muros que a vida gentilmente constrói no nosso caminho. Quando nos cansamos de os subir, quando nos cansamos de lutar, de sonhar, quando já não há nada que faça sentido e então a melhor opção é sentarmo-nos a ver a vida passar. Acenar-lhe com um sorriso falso e enxugar as lágrimas que a alma derrama. Sobreviver é isso, a sobrevivência é a ressaca da vida. E quantas e quantas vezes não é o amor a catapulta que nos empurra para esta dimensão. Quantas e quantas vezes o amor não vem de mansinho, faz as suas asneiras e deixa um coração destroçado, desesperado por deixar de bater. Quantas e quantas vezes…

domingo, 27 de maio de 2012

memórias: delete


Tudo se resume a uma moldura escondida numa gaveta, a cartas escritas guardadas no meio de um livro, a uma fotografia perdida numa carteira, a uma rocha guardada numa caixa de madeira, a um álbum embrulhado em roupas que já não se usam, a músicas guardadas numa pasta secreta de um disco externo, a corações desenhados numa secretária de vidro tapados com livros, folhas, ou o que estiver mais à mão, a uma t-shirt guardada que nunca é usada, a um perfume encostado que nunca é pulverizado, a mais duas t-shirts escondidas já nem se sabe onde, a um número de telemóvel apagado, a um facebook bloqueado, a um blog desabitado, a post-it's retirados de um armário e metidos num caixote do lixo, a uma sigla escrita no chão de um quarto e tapada com um armário, a uma frase escrita numa parede e apagada com uma boracha, a uma pulseira numa caixa de recordações, a uma concha perdida numa casa, e a um coração esmagado. Tudo se resume a isto. Tudo se resume a lembranças que precisam de desaparecer e a memórias que necessitam ser esquecidas. Tudo se resume a isto, a um amor vivido e lembrado nas mais pequenas coisas e que a partir de agora será assim, escondido. Já os antigos diziam que longe da vista, longe do coração. Vamos lá ver se eles sempre têm razão.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Só porque há abraços que valem mais que 1001 palavras


Quando alguém nos abraça e levantamos os braços para os enrolarmos em torno do outro, estamos a dar, sem receios nem pudores, aquilo que de mais puro temos em nós: os nossos sentimentos" disse-me há uns tempos atrás a Catarina Martins. Até então nunca tinha reflectido muito nisto, mas acho que é tão verdade que hoje deu-me para escrever sobre isso. É incrível como desde o dia em que li essa frase sei sempre quando vou levantar os braços para abraçar alguém e quando o faço é a melhor sensação do mundo. É como se naquele momento acabássemos de entregar o coração à pessoa que nos segura a alma e deixamos que ela cuide dele por uns segundos ou minutos. E deixaram de ser agradáveis os abraços em que os braços se estacam e não há força para os levantar. Não é que não sejam sinceros, mas sei lá, são diferentes. Eu defendo que um abraço quando é dado deve ser dado por inteiro, sem restrições. Damo-nos todos, com corpo, coração, alma e cabeça. Não deve haver nada que nos puxe para o lado contrário. É nos abraços que nos libertamos do peso do nosso coração, e nos encarregamos do coração do outro, mesmo sem notarmos. Quando abraçamos alguém, de verdade, é como se isso se tornasse numa conversa de corações. Eles falam e nós permanecemos ali naquele estado de graça em que mais nada importa... e até dá gosto sorrir, ou chorar, o que seja. Há a certeza de que é sincero, porque os sentimentos são assim, transparentes. Nós é que os encobrimos e misturamos, mesmo sem darmos conta. Num abraço não há disso, num abraço o que há, está ali, ao dispôr do outro. Às vezes tenho saudades de abraços assim, abraços de verdade. Abraços que carregam às costas o verdadeiro valor desta maravilhosa palavra.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Shalom, shalom ♥


Não há melhor coisa que viajar de autocarro enquanto vejo as maravilhosas paisagens do meu país, com vozes de fundo e gargalhadas transparentes daqueles que me acompanham em grandes aventuras. Está a aproximar-se o fim de mais uma, e estamos de regresso a casa, com a chuva a bater nos vidros enquanto cordas de uma guitarra vibram ao ritmo das vozes afinadas na frequência do coração. É indescritível tal sensação, é como se levasse o coração a rebentar pelas costuras de momentos, pessoas e daquela mística que ninguém sabe transcrever. Essa que nos alegra e nos faz voltar a casa com vontade de agarrar a transformação com todas as nossas forças e correr o mundo tornando tudo mais belo. Essa que nos põe um sorriso na cara e nos faz querer ver sorrisos em todas as outras. Essa que nos dá orgulho em gritarmos ao mundo que somos diferentes, somos cristãos e defendemos a vida por um ideal de amor e perdão. E é assim que nós somos felizes, é mesmo assim, de forma diferente mas autêntica.
texto escrito há algum tempo

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Obrigada querido destino


Quando era pequenina sonhava ter um amor maior. Maior que tudo e todos, maior que o tempo, que a vida, que o destino, que nós próprios, seres humanos. Queria viver uma daquelas histórias em que o verbo amar só se conjuga no presente e no futuro, num futuro daqueles longínquos, num para sempre idealizado em conjunto e vivido em plenitude. Queria um amor maior. Um amor que sobrevivesse à erosão dos problemas, que suportasse a dor da saudade e nunca acabasse, nunca mesmo. Que fosse uma fonte renovável, não de energia, mas de felicidade e de vida. Queria conhecer o Homem da minha vida e logo, de imediato, poder gritar ao mundo que é com ele que eu quero viver o resto da vida. Queria uma história como nos filmes, aliás, ainda melhor. Queria um amor verdadeiro. Uma pessoa verdadeira. Uma pessoa que soubesse como cuidar de mim, que soubesse fazer-me feliz e me amasse como eu a amaria. Uma pessoa para todas as ocasiões. Uma pessoa para eu mandar dormir no sofá nas noites atribuladas e para no dia seguinte lhe preparar o pequeno almoço, porque não sei viver chateada com ela. Sabem? Queria um amor. Só isso. Um amor maior, de verdade, eterno. Até podia ser simples, sem grandes floreados, desde que fosse verdadeiro eu ficaria feliz. Quando era pequenina sonhava com isso. Sonhava com o homem ideal e a vida perfeita. Sonhava amar incondicionalmente e ser capaz das maiores loucuras por ele. E não é que o destino me deu esse amor? Esqueceu-se foi de lhe dar a ele também. É irónico.

sábado, 19 de maio de 2012

Só o Hoje importa


É cliché dizer-se que os jovens são o futuro, mas não serão já eles o presente? disse o João Carita na última edição da revista Espiral. E ultimamente tem me dado para reflectir muito nestas coisas, nestes acentos fora do sítio que a sociedade hoje ultrapassa. Talvez por andar numa fase em que me sinto desintegrada e em que todos me parecem perdidos dos valores que me ensinaram durantes estes anos de vida. Parece que o mundo anda virado ao contrário, ou então o problema é só meu. Sendo ou não, eu escrevo sobre isto. Escrevo porque isso me alivia a alma... e porque esta questão me atormenta muito. Isto de se dizer que nós, jovens, somos o futuro do país, o futuro do mundo. Está bem, nós somos o futuro mas também somos o presente! E acho que a sociedade ecoa tanto ao nosso ouvido a palavra futuro que nós próprios acabamos por nos esquecermos que o presente também é nosso e cabe-nos a nós moldá-lo à nossa maneira. É preciso pararmos para pensar nisto, seriamente. Não dá mais para empurrar a vida para a frente pensando sempre que somos o futuro... porque esse nunca chega. Vamos ser já velhos e vamos dizer que os jovens da altura são o futuro. E nós o que somos? E o que fomos? Nada? Ficamos no futuro, perdidos nessa lenga-lenga que passa de geração em geração. A nossa geração, por muito criticada que seja, é irreverente e tem um grande poder quando se junta para moldar o mundo à nossa maneira. Está na hora de mudarmos isto e de mostramos que nós não somos só o futuro, nós somos presente e temos grandes e preciosos talentos a dar à sociedade. Ela não nos quer ouvir? Nós gritamos! Ela fecha os olhos para não nos ver? Nós não paramos até alguém os abrir! Ela acha que nós somos um bando de gaiatos que só quer borga? Vamos mostrar-lhe o contrário. Vamos mostrar-lhe que queremos e gostamos de borga, mas depois do nosso serviço estar feito. Somos tão bons, ou melhores, que os restantes. Porquê tratarem-nos como futuro se nós já existimos? Cabe-nos a nós mudar isto, cabe-te a ti. Apenas esquece o futuro, o presente está nas tuas mãos!

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Está aberta a terceira guerra mundial


Como pode o homem amar com armas na mão?, diz o grande Boss AC. E eu pus-me a pensar no quão misteriosa é a língua portuguesa. Reparem bem: a palavra arma é como um erro no verbo amar. Troca-se o r de lugar e tudo muda. Do ideal passamos ao desprezível. E é horrível pensar que isto não acontece só com as palavras... mas que acontece na vida real. Sim, na vida real. As palavras fazem parte de uma vida à parte. E na sociedade, cada vez mais assistimos ao Homem a largar o coração e colocar uma arma guardada entre o cinto das calças, escondida. É que as aparências enganam e ninguém gosta de parecer lobo mau. Então todos encobrem as armas e apenas mostram o verbo amar. Quando ninguém vê vão lá trocar o r de lugar e pimba catrapumba: guerra declarada. Pior que isso é que as armas não são só aquelas coisas pretas qual toda a gente chama de pistola e então não é preciso uma licença de uso e porte de arma para conseguirmos magoar as pessoas. Existem armas bem piores. Que matam por dentro e esfolam por fora. Pior que morrer é morrer aos bocados. É sentirmos o coração cansar-se e a alma despedaçar-se de dia para dia por culpa de alguém que amamos, ou de alguém que não amamos mas que nunca desejamos mal algum. E ao mesmo tempo que nós morremos parece que eles se fortalecem. É como se o Homem se alimentasse do Homem, da felicidade dele, da vida dele... do amor dele. É como se todos os valores se perdessem e entrássemos na terceira guerra mundial. Qual é o motivo? O egoismo. E há sempre pessoas, como eu, que no meio disto se sentem perdidas e ficam no meio do campo de batalha, com esperança que os cavalos desobedeçam, que os soldados percam a força ou que as espadas se partam a caminho... para podermos sair ilesos. Não de alma, mas de corpo. Porque a alma... essa já há muito foi afectada pelas flechas lançadas à deriva.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Ser Mulher


Já os antigos diziam, uma mulher prevenida vale por duas. Eu gosto de valer por duas, em tudo. Uma mulher só já é fantástica, não acham? Duas numa só é esplêndido. Eu gostava de ser assim, um dois em um. Gostava de ter uma personalidade polivalente e adpatar-me a qualquer situação, sempre sem perder a elegância e a sensibilidade deste ser maravilhoso que chamam de mulher. Não gosto muito de misturar o conceito de mulher com o sexo feminino. Muitos têm a mania de dizer que somos o sexo forte... e sim, tem o seu ponto de verdade. Mas, nem toda a pessoa do sexo feminino é mulher! Aprendam isso, homens. Não é o órgão sexual que define a pessoa como mulher, nós somos mais que isso. Somos coração e pomos o coração em tudo o que fazemos. Cantarolamos para não ouvir o que a razão nos diz e calamo-nos para saborear cada palavra do coração. Preferimos sentimentos a sensações. Preferimos atitudes a actos. Preferimos actos a palavras. Preferimos ter apenas aquele homem a gostar de nós do que ter outros mil e um a amarem-nos loucamente. Sabemos quando temos e quando não temos razão, mas gostamos de ser teimosas. Somos capazes de pedir desculpa só para ficar tudo bem. Somos capazes de tantas loucuras por vocês, homens. Tantas que nem vos passam pela cabeça... porque vêem-nos sempre como pequenas e frágeis princesas. Nós não somos assim, apenas gostamos que nos tratem assim. Que nos tratem como se fôssemos de vidro, e que nos protejam de tudo, e de todos. Mas no final das contas, nós somos mais loucas que vocês, muito mais. Nós somos mais fortes que vocês. Suportamos mais que vocês. Suportamos as mil e uma dúvidas e incertezas que o cérebro feminino gosta de criar, suportamos saudades, ciúmes, medos e sei lá mais o quê que o nosso coração gosta de alimentar. Temos uma imaginação fértil, é verdade. Qualquer coisa é motivo para o nosso maior sorriso, ou para a nossa maior lágrima. Somos inconstantes, sim. Mas somos coerentes naquilo que sentimos e fazemos. Se é isto, é isto até ao fim. Não é por acaso que há um estudo científico que diz que as mulheres têm dificuldade em acabar relações... é que nós não sabemos desistir das coisas, nem das pessoas. Nós gostamos de levar as coisas até um tempo chamado para sempre. Porque somos, também, sonhadoras. Nós somos fantásticas, admitam. Para finalizar, também não é por acaso que esse mesmo estudo diz que os homens têm mais dificuldade em reaprender a viver sem aquela mulher ao seu lado. É que, quer queiram quer não, nós fazemos parte de vocês. Não vale a pena terem medo de admitir, nós já o sabemos.

domingo, 13 de maio de 2012

I won't give up on us


Sabes, cansei. Cheguei àquele ponto em que não dá mais. Estou cansada de correr sozinha atrás da bola e de tentar apanhar borboletas enquanto tu as afugentas. Gosto muito de ti e tu sabes isso melhor que ninguém, mas simplesmente não dá mais. Eu não sou nenhum boneco sempre-em-pé para andares a brincar comigo, eu caio, eu tenho sentimentos, e sofro quando sinto que para ti é indiferente ter-me ou não na tua vida. O pior de tudo é que dizes o contrário, dizes sempre o contrário. Dizes que me queres contigo, mas depois nada fazes. Tu vês as coisas assim? Tu apercebes-te que sou sempre eu a correr atrás de ti, aliás, atrás de nós? É que se sabes isso não entendo porque me continuas a tratar assim. Preferia, simplesmente, que abrisses as cartas sem medo do que eu iria pensar da tua caligrafia, sem medo que eu gozasse com a cor do teu coração ou que achasse bizarra a forma do teu engenho. Preferia que me deixasses de uma vez por todas. Assim é que não dá. Deixas-me confusa... e aquilo que sinto faz-me sempre correr atrás de ti. Depois magoo-me, claro. Tu não tens esse direito. E por isso mesmo, hoje cheguei ao meu limite. Vou largar-te a mão, vou deixar a bola no meio campo, esquecer as borboletas e vou ficar aqui, onde tu sabes, na baliza à espera que chutes a bola ou no banco de jardim à espera que me tragas a nossa borboleta. Não vou desistir, só vou deixar de insistir, entendes? Já não tenho forças para continuar, por isso fico aqui. Se quiseres, vens. Se não quiseres, vai, mas vai sem olhar para trás. Apenas decide-te.

sábado, 12 de maio de 2012

Deixar-me levar é que era bom


Estou cansada de seguir as indicações "para não sofrer" que a sociedade faz o favor de colocar em todos os cantos e esquinas. Estou cansada de forçar a barra porque não quero ir por este ou por aquele caminho. Estou cansada de tentar ser feliz, entendem? É que, caraças. A felicidade não devia vir assim, sem sequer nos apercebermos? Não devia estar escondida numa rua ao virar da esquina e assaltar-nos o coração? Eu sempre defendi isso. Sempre defendi a espontaneidade como um caminho certo de felicidade. E faço o contrário. Faço sempre o contrário. Ando sempre com cuidados excessivos como se carregasse o meu coração num cubo de vidro que não pode, por nada deste mundo, quebrar. Eu sei o que é sofrer e talvez seja por isso que agora me protejo tanto. Mas preferia não ser assim. Preferia deixar-me levar na crista da onda e quando ela rebentasse caía com ela. Corria o risco de me doer horrores o coração e de sentir um arrepio mortal na espinha, mas o que seria isso à beira da sensação de andar lá em cima, sobre o mar com um sorriso nos lábios? O que seria isso há beira das mil e uma recordações de momentos felizes que poderia ter? Entendem o que quero dizer? Fujo tanto do sofrimento que acho que acabo por fugir também da felicidade. Eu não queria isto para mim. Queria prometer-vos, aqui, hoje, que a partir de agora seria tudo diferente. Que eu ia arriscar, ia amar sem quê nem porquê, ia escrever sem medo do que isso me possa provocar, ia fazer tudo o que me viesse à cabeça e mesmo que no fim me visse na merda, diria valeu a pena. Mas não consigo. Não tenho coragem, sou uma cobarde. É isso mesmo, sou uma cobarde. E o do more than just exist fica assim pelo caminho... que raio. É só um desabafo.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Parabéns mami linda


Parabéns, Mami. Hoje, ainda mais que domingo, o dia é teu. Hoje completas mais um ano de vida e acredita, és a pessoa que mais me dá prazer dar os Parabéns. É que tu mereces, por sobreviveres sempre mais um ano, no meio de tudo o que te acontece. Não és só um exemplo de mulher, és um exemplo de pessoa. És tão lutadora que oh, quando for grande quero ser como tu, sabes? Eu sei que nós não temos a melhor relação do mundo e que discutimos muitas e muitas vezes, mas isso só acontece porque eu quero que sejas feliz e porque tu queres que eu seja feliz... mas vemos as coisas de maneira diferente. No fundo, nós sabemos que nos amamos, amamos mesmo muito. E já não sabemos viver uma sem a outra. Às vezes tenho pena de não termos uma relação muito afectiva e de não conseguir chegar à tua beira e dar-te um abraço ou dizer-te que te amo, só porque sim. Mas tu sabes isso, não é? Espero que sim. Espero que saibas que eu te amo muito e que te admiro imenso. Sempre que me perguntam qual o meu maior ídolo eu respondo que é a minha mãe. Se não fosses tu... eu já não estava neste mundo. E eu tenho plena noção disso. Tenho plena noção de que se eu hoje sou quem sou, (quase) tudo se deve a ti. Deve-se à educação que me deste. Nunca me faltou tecto, pão na mesa e carinho. És uma e deste-me carinho por dois. Educaste-me por dois. Também é por isso que eu tenho tanto medo em desiludir-te... é que tu matas-te a trabalhar para me dar tudo o que eu quero, para me dares um curso superior e me inserires no mercado de trabalho com um canudo na mão e eu quero muito que tenhas orgulho de mim. Que daqui a uns anos olhes para mim e digas que valeu a pena cada noite mal dormida, cada lágrima sofrida, cada dor de tanto trabalho... tudo, tudo o que fizeste, fazes e eu sei que vais continuar a fazer por mim. E eu prometo, prometo que assim que for independente e a minha vida estabilizar vou fazer de tudo para que tenhas o conforto e a felicidade que eu tenho agora. Parabéns Mamasita, por mais um ano e por seres a mulher de armas que és. Amo-te muito.