segunda-feira, 8 de outubro de 2012

hora de voltar a matar


É de noite e eu estou a pensar em ti. Acordei e estou a pensar em ti. É de tarde e estou a pensar em ti. Já está a anoitecer e estou a pensar em ti. E são assim os fins-de-semana passados em Coimbra em que o tédio e a saudade tomam conta de mim e governam a disposição do coração agora pequenino. Não me perguntes porquê, porque é que este amor renasceu assim só porque sim. Não me perguntes porque voltei a pensar em ti e só querer ter-te ao meu lado, ouvir-te dizer que me amas e beijar-te até sempre. Não me perguntes porquê, que eu não sei nem quero saber... só queria que isto passasse. Porque sei que tu já não queres nada e eu continuo a querer tudo. Quero-te comigo e tu não estás. Quero o teu sorriso, os teus abraços, quero alguém para ligar e dizer que estou farta de estar fechada em casa sozinha, quero-te a ti. Quero que venhas buscar-me e vás passear comigo, quero-te a ti. A nós. Ao nosso amor, aquele que existia outrora, tu lembras-te? Lembras-te de como transpirávamos felicidade, de como éramos motivo de inveja de tantos que nos viam? Lembras-te das nossas brincadeiras, da nossa cumplicidade que era precisamente isso, nossa! A forma como nos amávamos e como não conseguíamos esconder isso de ninguém... os mimos, as surpresas, os beijos, as coisas que só nós sabíamos, tudo. Lembras-te? E da felicidade, lembras-te? De dizermos um ao outro o quanto éramos felizes por estarmos juntos? Ainda não entendo porque tudo isso mudou. Nem porque tu continuas a ser o homem da minha vida e eu sou nada para ti. Nem porque este amor voltou a nascer quando eu achava que estava já a morrer, de vez. Nem o porquê de te escrever desta maneira, nem o porquê de nada. Não entendo o meu coração, nem o destino, eles nunca se entendem. E eu precisava disso, precisava da serenidade de um coração contente com o destino e de um destino que seguisse os passos do coração. Só isso, nada mais. Só isso e o nosso amor, eu e tu, outra vez, e desta, para sempre. Mas sei, sei que nada disto vai acontecer e que eu tenho é que recomeçar o processo de assassinato de um amor vádio e persistente. Deixa lá, eu não desisto de mim.... e um dia aprendo a desistir de ti, prometo. E ah! Amanhã isto passa, vou ter mais no que pensar.